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Património Cultural

  • margaridaabeloepc
  • 15 de dez. de 2015
  • 4 min de leitura

Convento de Santa Clara

O conjunto de edifícios do Convento de Santa Clara é uma verdadeira jóia patrimonial, não só pela qualidade do seu recheio, mas principalmente porque, sendo um edifício dos finais do século XV, conseguiu chegar aos dias de hoje com a mesma missão que originou a sua criação há 500 anos atrás: um convento de freiras Franciscanas. Este convento foi fundado nos finais do século XVI pelo segundo capitão do Funchal, João Gonçalves da Câmara e começou a ser construído à volta da capela de N.ª S.ª da Conceição, que foi sendo progressivamente ampliada. Este tipo de convento teve um papel social muito importante nos séculos XVI e XVII. Para os nobres que se encontravam longe a prestar serviços reais, os conventos representavam uma segurança essencial para as suas filhas, até que se arranjasse um casamento conveniente. Por outro lado, para as viúvas, abrigar-se num convento onde frequentemente tinham família era, não só a segurança desejada aos níveis moral e religioso, mas principalmente ao nível económico. A igreja de N.ª S.ª da Conceição passou por várias modificações e foi parcialmente destruída pelo bombardeamento de 1917. A capela-mor foi reconstruída depois do bombardeamento, conseguindo manter o magnífico sacrário de prata, composto por camarim e urna. Apresenta também um vasto tapete de azulejos do século XVIII, que representa o famoso padrão de Santa Clara. À entrada encontra um importante túmulo Gótico dos finais do século XV.

Igreja do Carmo

Esta igreja, que deu nome à rua onde se localiza, foi construída em meados do século XVII. Nas paredes laterais da capela-mor encontram-se dois belos mausoléus, os únicos de algum valor artístico que existem nos templos desta ilha. Possui também algumas peças de ourivesaria sacra dos séculos XVII e XVIII.

Igreja do Colégio

A Igreja do Colégio é um amplo templo jesuíta, com nave grande e alta. A nave é ladeada por capelas idênticas, sobre as quais se encontra uma passagem embutida na parede com janelas e balcões ao nível do coro. Este esquema arquitectónico foi definido em Portugal antes dos finais do século XVI e, mais tarde, espalhado por todo o mundo, onde os missionários Jesuítas levavam a Palavra de Cristo. Este é, provavelmente, um dos esquemas arquitectónicos mais divulgados de sempre. O recheio principal da igreja é o seu conjunto de retábulos de talha dourada, datados de 1647, 1648, 1654 e 1660. O altar-mor é considerado uma das jóias da talha madeirense desta época. Entre as muitas capelas, a das 11 Mil Virgens destaca-se pelo seu belíssimo altar. Esta igreja apresenta ainda uma colecção excepcional de azulejos das oficinas portuguesas em Lisboa.

Igreja do Monte

A Igreja do Monte não possui uma grande riqueza em termos de obra artística, mas reúne uns traços arquitectónicos, algumas decorações internas e vários quadros que formam um conjunto digno de ser visitado. Encontra-se, nesta igreja, a sepultura provisória do imperador da Áustria, Carlos Habsburgo. Esta igreja é o destino da procissão que se realiza todos os anos a 15 de Agosto, quando os “arrependidos” sobem os 74 degraus de joelhos. Verdadeiramente impressionante é a escadaria que dá acesso a esta igreja, algo desconcertante para quem está do lado de cima.

Missas do Parto

O objectivo deste trabalho consistiu em considerar as “Missas do Parto” ou Novenas do Menino Jesus, na Ilha da Madeira, como uma forma de património cultural imaterial. Partindo-se duma definição relativamente recente no quadro jurídico português, foi feito o enquadramento histórico dessa tradição madeirense, que remonta aos tempos da descoberta/povoamento da Ilha. Nesse sentido fez-se o seu historial, reconstituiu-se o percurso da sua recepção na Ilha da Madeira e coligiram-se elementos que demonstram a sua grande longevidade. Salientamos, neste aspecto, a recolha feita na imprensa periódica, com vista à sua protecção, entendendo-as como uma tradição a preservar. Tendo por fundamento a sua consideração como património, consultou-se a imprensa periódica da Madeira, desde meados do século XIX (1868) até 1998 e extraíram-se todas as notícias que anunciavam a celebração das referidas missas. Finalmente apresentaram-se algumas propostas de preservação, na actualidade, no sentido da sua eventual consideração, pelos poderes públicos, de património imaterial.

Tradições

Um dos costumes antigos das gentes da Madeira é a matança do porco que servirá para comer no Natal e salgar para o resto do ano. A matança do animal é levada a cabo por um grupo de homens com barrete de vilão, seguindo um ritual tradicional. O dia da matança é um dia de festa em que todos comem, bebem, tocam e cantam ao desafio.

Associado ao turismo aparece o tradicional carro de cesto ou carrinho do monte, conduzido por dois homens, vestidos de fato branco, chapéu de palha e bota chã. Estes controlam através de cordas a descida do carro.

Outro meio de transporte típico é o carro de bois que desliza como um trenó, guiado por um boieiro. Da tradição faz também parte a lapinha, uma espécie de presépio em honra do Menino Jesus, cuja visita é usual na época natalícia. Os visitantes cantam modinhas e no fim são recompensados segundo a tradição com licor de tangerina, biscoitos e bolo de mel. No entanto, a rochinha tem vindo a substituí-la, reproduzindo aspectos da vida da ilha. Montam-se nas encostas onde se colocam pastores com os seus rebanhos e outras figuras típicas como o leiteiro, grupos a dançar o bailinho, procissões e outros elementos característicos. Numa furna, coloca-se o Menino Jesus, a Nossa Senhora, o São José, os animais do presépio e os Reis Magos. Estes elementos encontram-se iluminados por uma lamparina de azeite.

A passagem de ano é conhecida pelos espectáculos de fogo-de-artifício, atraindo muitos visitantes.

Curiosidades sobre a Ilha da Madeira

A casa típica da Madeira tem forma triangular, com portas e janelas coloridas e cobertas de colmo.

O artesanato da Madeira inclui a produção do brinquinho, artefacto que tem como função marcar o compasso no bailinho regional, sendo constituído por bonecos trajados segundo os costumes da ilha.

Engloba também trabalhos em vime, nomeadamente móveis e cestos, bordados da Madeira, uma das suas produções mais características, sendo feitos pelas bordadeiras em suas casas, com base no linho, algodão, seda natural, organdi e fibras sintéticas, produzindo-se desde toalhas de mesa a lenços de mão. Grande parte desta produção é para exportação.


 
 
 

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